quinta-feira, 1 de maio de 2008

eu, tu, ele, nós, vós, eles.

Muitas vezes frisei ao longo de muitos textos postados no Simplesmente, que este espaço me pertence. É meu. Meu por "direito". Meu porque é meu. Meu porque o criei. Meu porque o construí com o meu: "sangue, suor e lágrimas". Mais. Quis dizer de forma dura e inconsciente, que bem ou mal aceite o que escrevo, este blog tem uma porta à qual dei o nome de: "serventia da casa". Mas se num primeiro momento a inauguração deste espaço tinha como objectivo nº. 1 a libertação deste ser pensante que sou, hoje assumo. É muito mais que isso. Sei que escrevo por gosto, sei que escrevo pela emoção, sei que escrevo pelo e com "o" sentimento. Mas não só. Sem esquecer obviamente que de facto este espaço é "meu", seria pouco ou nada humilde, se vos dissesse que hoje escrevo pelo simples desabafo. Pois se fosse esse o caso, mesmo que mais "pobreta", pegaria num bloco de notas e fazia o Simplesmente em "folhas de rascunho". Sem enfeites, sem formas, cor ou movimento. Sem som, sem imagens. E esconderia na gaveta da mesinha de cabeceira, por baixo da minha lingerie. E assim sim, esconderia os meus maiores devaneios. Que no máximo seriam desvendados na noite de núpcias, pelo senhor meu esposo enquanto.. (ok. parem lá de pensar coisas, que não são para aqui chamadas). Acho que cheguei onde queria. Eu criei e construí. Dei vida a um de muitos "Simples(mente´s)". Decorei e reinventei. E vos garanto que por baixo da minha lingerie, no máximo tem pensinhos exav. (Passo a publicidade). Dei Ana em palavras soltas, músicas, imagens. Dei-me ainda, em textos completamente absurdos, apaixonados, tresloucados, desesperados. (Não gastei os adjectivos todos, mas vocês conhecem o Simplesmente tão bem como eu. Não preciso descrevê-lo). Pois bem. O objectivo nº. 1 está agora de braços dados com a partilha, que com o passar do tempo se tornou igualmente um objectivo. O nº. 2. Chegar ao leitor. Fazê-lo, continuando a ser aquele ser pensante. Agradar a quem abre esta "porta", mesmo que só o faça uma vez. Agradar a quem vem dar o beijo de bom dia, agradar a quem se deita com o Simplesmente. Agradar a quem o saboreia juntamente com a sobremesa ou o lanche. Tudo isto, sem deixar de ser Ana. Escondidos no anonimato, presentes nas "caixas de comentários", vindos até do "googlalém". Existe uma preocupação, e eu assumo-a. Este espaço, não é simplesmente "cada pedacinho de mim", mas um grande "pedação" de : eu, tu, ele, nós, vós, eles.

2 COMENTÁRIOS:

Anónimo disse...

"Quando tudo parecia tão "plano", tão "chão", tão terra-à-terra, surgiu uma "escada" que prometia céu e sabor a sonho! Sem hesitações subi o primeiro degrau como que de olhos vendados. Delicadamente apoiei-me naquela escada que parecia estar encantada, e sem pensar nos degraus seguintes, fui desfrutando das boas coisas que aquele primeiro passo estava a dar-me! Permaneci alguns dias naquele degrau, sem ter consciência se iria acabar por subir mais um, ou se acabaria por recuar a terra firme! O mais engraçado é que mesmo que aquele passo prometesse tudo e ao mesmo tempo nada, estar naquele degrau era estranhamente óptimo, mas a curiosidade em subir um próximo, começou a ocupar-me o pensamento!"

Este foi o primeiro contacto, os primeiros pedacinhos desvendados quando conheci o "simplesmente" e a verdade é que, apesar de num contexto totalmente diferente, estas palavras aplicaram-se e continuam-se a aplicar na perfeição para que continue a aparecer mais um 87 em frente a este espacinho. Um degrau de cada vez numa escada sem fim :). "quase by me" :P

***

Ana Silva disse...

Estás a ver o "Titanic"? Ok. Não estás, porque eu não "deixei" que fosses ver filme algum. Voltando ao Titanic. Digo-te. Com este comentário, senti-me "afundada em recordações".

Boas, más e assim-assim!

Lembro-me que quando escrevi esse texto, que pensava que tinha o título de "Escada Encantada", (quando afinal nem título tem), tinha o coração perdido a uns quantos quilometros de "casa". O título é pormenor. O texto é "Simplesmente" Ana. Mesmo hoje, não sabendo bem, (ou até sabendo), onde pára ele (o coração). É lindo continuar a rever-me nesse texto, como me vi quando acabei de escrevê-lo. Melhor do que isso, é saber que por exemplo, TU, não só sob forma de 87, mas tu, continuas a ver Ana, ali, aqui. Ontem, hoje e amanha. Curada da queda que dei da escada. Nova. Reinventada. Sabes o que te digo, para terminar? Guarda as chaves, sempre.