domingo, 2 de dezembro de 2007

Do you feel me? (1)

Um livro em aberto... E eu começo por numa primeira linha sussurrar-te num olhar bem profundo "tu lês-me?". A resposta poderia nunca vir, mas o livro já estava aberto, mesmo sendo apenas um simples rascunho sem vida. A primeira linha estava ali escrita e naquela noite, não pensar se aquela história teria continuidade era algo impossível de controlar. Deliciosamente expectante, já tinha tido a tua resposta através daquele olhar enigmático, que eu fingia não ver e ao qual respondia com um sorriso inocentemente envergonhado, enquanto amachucava aquela folha ansiosamente! Delírios momentâneos que se escondiam num gesto de embaraço sob a sombra das minhas pestanas, delírios digitais que amoleciam aquele papel com o suor dos meus dedos e o coração pulsante, que a cada batida marcava o ritmo dos meu olhos, pestanejando com intuito de esconder o nervosismo de toda aquela 'dança' de olhares! Todos os gestos eram típicos de quem estava perturbado com a situação, bastava olhar os vincos que deixará naquela folha, mas se houvesse qualquer tipo de duvida, nada melhor que aquele toque suave e desajeitado nos cabelos assim como o ar corado de quem comicamente disfarçando diz em plena ‘época glaciar’ (risos), "Estou cheia de calor"... Tudo isto martelava sistematicamente a minha cabeça nessa noite, recordando de forma risonha e avaliando cada gesto que aquele olhar profundo (risos), tinha provocado na minha pessoa! Passando a publicidade, com uma ligeira alteração " Há coisas estranhas, não há?" (parem lá de imaginar as três amigas da netcabo). Romântica 'compulsiva' me confesso, será defeito, será qualidade? Que o dia que vem depois dessa página, continue a trazer histórias, porque só elas fazem de mim 'livro'.

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