quinta-feira, 27 de março de 2008

Eu não sei o que digo,

e eles não sabem a verdade, ou eu estou enganada, das duas nenhuma. Pois bem estou a esticar o tecido e adoro o som que ele faz ao rasgar-se, arrepia-me e dou comigo a ranger os dentes. Eu poderia dizer "Venham rompê-lo de vez, mas não, eu não quero, adoro desamarrar-me sozinha. Eles não sabem a verdade, eles conhecem o instinto e não o pensamento. Conhecem algo instintivo como a birra duma mulher, como o ciúme, conhecem até a paranóia de comer esparguete às 2h da manhã (pois isso é apetite, não é instinto). Mas se lhes perguntarmos a razão da birra, do ciúme, eles sim, vão ficar consumidos por pensamentos e não vão acertar em nenhuma das suas teorias. Pois bem, ou acham que estão certíssimos e levam a deles avante, ou limitam-se " chutar pra canto". E de que adiantam as explicações? Nós havemos de fazer sempre a birra ou a cena de ciúme, e se ele não aturar, haverá sempre o substituto sabichão que julga: " Ele não lhe deu a volta, dou-lhe eu". E por falar em voltas. Instinto parece-me giro. Acho que preciso urgentemente duma definição de instinto, mas nem vou arriscar num search, seguido dum copy paste, pois só tornaria este post um tanto ao quanto desajustado. Mas bem, continuando, há quem goste delas assim, a fazer birra e a comer esparguete seja a que horas for, desde que não nos viremos com algo tipo: "Vais fazer-me esparguete?". Pois claro está, já não chega aturar uma cena de ciumes, uma birra, ainda os vamos meter ao pé dos tachos!? Que cruéis! Isso é de loucos e o outro desistiu. Mas alto! Uma birra pode muito bem evitar-se, uma cena de ciume também, seguindo esta lógica não temos qualquer desculpa quando dizemos: "Desculpa não consegui controlar", e eles pensam se a "Joana" consegue, porque não hás tu de conseguir. Ora aí está, vem uma Ana e chama-lhe instinto e pensa : " Já nos safemos!". Dá beijinho, dá abraço que isso passa. Passa até ao dia, em que vai querer comer cozido à portuguesa às 4h da manhã. Santa paciência! A mulher não é complicada, quem disse tal disparate? Será que é disparate? A Joana é compreensiva, é segura, a "Joana" é tudo que eles podem desejar, mas a Joana não se vai lambuzar em esparguete, muito menos às tantas da manhã e se o fizer, não é apetite. O que será? Pois eu não sei. Sou só a Ana. Com isto tudo, ainda há-de aparecer alguém que me diga que estou errada. Será que se eu disser que escrevi tudo isto instintivamente, ele(a) me indicará urgentemente um belo dum psicólogo, ou cederá a minha explicação e sorrirá pensando: "Tu não existes", da cá beijinho, dá cá abraço. Alto, não cá misturas, então? Eles não sabem a verdade, eles não conhecem o nosso pensamento, eles não nos compreendem, mas não é porque as mulheres são complicadas. É porque cada uma se constroi à imagem que quer, é porque cada um, vê nela, na birrenta enciumada o que quer, das duas, nenhuma. Pois que post. Falei de tudo, não falei de nada, apliquei mal os conceitos, falei do que desconheço...enfim. Leiga? Ou dou apenas o que quero dar? Complicada, não! Muito simples. Mais não digo, vou comer gomas. Meia noite não me parece mal.

2 COMENTÁRIOS:

Anónimo disse...

a foto ainda n ta cá, mas adiante...

Diana, Joana, Ana, banana, nenhuma faz sentido é verdade, mas para tanto esparguete só mesmo um bom acompanhamento. Um abraço fofo, um beijo doce, uma palavra recheada, uma piada seca ou um simples toque estaladiço chegam para tornar a refeição bem mais apetitosa. O problema é saber escolher. Escolher a mesa, escolher a ementa e não correr o risco de ter mais olhos que barriga. Cada um tem os seus gostos ("um facto ou uma opinião?"), mas às vezes é preciso provar primeiro antes de saber o que pretendemos saborear. Há que estar sempre aberto a novas receitas, para não corrermos o risco de ficarmos presos às papas cerelac em vez de darmos um bom uso aos nossos queridos dentes.

Fogo tinhas de me vir chatear ao msn agora cortaste-me o ritmo, fico por aqui, amanha há mais :P

egolândia disse...

Ho cum catano, o problema de ser a segunda é que o primeiro disse tudo.