Respeito ou submissão?

"Quando um burro fala, o outro baixa as orelhas": já dizia a minha bisavó, que com pena minha não conheci, mas que com toda a certeza, deve ter baixado as orelhas imensas vezes ao Senhor seu Esposo. Por respeito, ou submissão? Piadinhas na "borda do prato". Fez-se silêncio, acho que posso começar. Tenho imensa pena que hoje em dia, nessa coisa à qual chamamos de "relações", ainda se faça confusão entre estes dois conceitos. Há muita gente a morrer à fome, concentremo-nos no que de facto importa, a "refeição" e não no coentro, ou na pimenta que por vezes nos escapa da mão. O prato salteado e bem combinado, cheio de vitamina. Viva! Deixemos então a espinha, ou o osso juntamente com a piadinha. Não querendo generalizar, e já generalizando, pois não tenho intenções de dirigir este post a alguém em especial, digo-vos muito sinceramente que me custa acreditar, que nos dias que correm ainda haja o típico homem machista. Sim. Aquele que paga as contas. Aquele que, segundo ele se esfalfa a trabalhar para por comida em casa e cheio de razão, ainda se queixa dos 'cozinhados' da Senhora sua Esposa, e do "palavreado" do filho, enquanto bebe o seu café de barriga cheia e manda "o" arroto, sob forma de satisfação. Claro está, ao qual chama de "azia" pelo exagerado tempero da Dona. Pergunto! Esposa digna, é aquela que diz "Amem"? Ou a que diz o "Pai Nosso", sem gaguejar?! Devemo-lhes respeito, verdade. Afinal de contas, eles são "aqueles" a quem dissemos sim no altar. São aqueles, a quem fizemos promessas do tipo: "Prometo amar-te, respeitar-te, até que a morte nos separe", e não: "Prometo amar-te, ser tua escrava, prometo ainda, ser submissa aos teus desejos e caprichos... até que ... um tacho nos separe". Exagero ou não da minha parte, custa-me deveras acreditar, que ainda seja possível manter-se durante anos relações conduzidas nestes termos. Em que claramente, há alguém que tem que submeter-se constantemente aos "Ai´s e Ui´s" do companheiro".