"Procura-se cabeleireira" ?

Juro. Não costumo tecer qualquer tipo de crítica quanto ao "bom" ou "mau" português. Lógico que há erros crassos, que nos deixam boquiabertos e aos quais por mais que queiramos, não conseguimos ficar indiferentes. Solta-se um "risinho", ou um, dios mio como é possível?! Mas ninguém morre por isso. Até porque todos nós damos erros. E eu, sem duvida que sou apologista do: "Para bom entendedor meia palavra basta". Embora ache, que um erro ortográfico fica “sempre” mal e desvaloriza o "discurso", o texto, ou a frase em si. Mas claro, a ideia está lá e é perceptível. É o que interessa. Isto tudo porquê? Pois bem. Porque ia eu muito descansada a passear pelo shopping, quando reparo num "panfleto" (não é panfleto que se diz, lool, mas vocês percebem). Que dizia sem tirar nem pôr: "Procura-se cabeleireira". Ok. Perguntam vocês:"Qual é o mal?" Nenhum. Mas não deixa de ser "cómico", no mínimo. Não sei se sou eu que tenho uma imaginação um pouco mais fértil que o normal, mas, mal acabo de ler aquilo lembrei-me automaticamente de quando se perde "o cão", por exemplo. Do tipo: "Procura-se cocker spaniel castanho. bla bla bla". Não? Por instantes comecei a imaginar a Sra. Dona cabeleireira, com madeixas douradas.. perdida. Dios! Estou a exagerar! Pronto! Aposto que se tivesse ido lá (ao local onde vi "isto" afixado), não corrigiria a senhora. Que às tantas, quando “pregou” a folha no "placar", tinha a "palavra" na ponta da língua, mas a melhor que arranjou foi de facto a: "procura-se". A outra escapou-se-lhe. (lol) Continuando o que estava a dizer. Acredito que se me dirigisse ao tal "local", a primeira coisa que lhe perguntaria, era: "Pode descrever-me a senhora? Essa tal, pela qual procura?" Não pronto. Eu páro. Fui. Ahhh mais uma coisa. Tenho fé que ela (a) encontre, até porque : "Quem procura ..." (lol). Ainda para mais, não brinquemos, pois: "Precisa-se". Não?! Fui. Mesmo, juro.